Do Livro: O Negro no Futebol Brasileiro.

E pensar que já houve tempo onde futebol não era esporte popular. Que diferente dos dias de hoje, ser jogador não era uma profissão promissora ou vista com bons olhos pela sociedade, além de não serem considerados bons partidos pra moça direita.
O Negro no Futebol Brasileiro de Mario Filho, é considerado por muitos não só um livro, mas um documento valioso sobre os primórdios do futebol brasileiro tal qual o conhecemos hoje. E eu assino em baixo!

Raízes do Saudosismo
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...Apesar de tudo isso quem era do remo olhava quem era do futebol por cima. Julgando-se superior, mais fino. O futebol não despertava o entusiasmo do remo. Em dia de regata, na Enseada de Botafogo, sempre à tarde, na hora do futebol não havia jogo.
Nenhum clube, nem o Fluminense, nem o Botafogo, se atrevia a marcar um jogo para o mesmo dia, para a mesma hora. Talvez os torcedores sem colarinho e gravata fossem. Era quase certo, porém, que as arquibancadas ficasse vazias. Pelo menos de moças. Enquanto isso, a murada da Praia de Botafogo cheia, tudo enfeitado, na terra e no mar, as barcas da Cantareira, alugadas pelos clubes, quase afundando de tanta gente. [...]
Os jornais falavam mais de remo. Dedicavam uma página inteira para o rowing em dia de regata. Nesse dia não havia lugar para o noticiário do futebol, sempre mais escasso, espremido, numa coluna. Nada de manchetes, de crônicas, de fotografias...

depois teclamos.
Imagem: anacaorubronegra.blogspot.

2 comentários:

Milene Lima disse...

Olá, Rike.

A novela das seis (noveleira que sou)retrata um pouco isso, o surgimento do football no Brasil, esporte para os janotas da época. Quem diria que hoje as pessoas vão torcer, sofrer e matar num campo de futebol, né?

Beijo!

Regina Rozenbaum disse...

O que Milene escreveu é fato...está sendo retratado o surgimento do futebol por aqui, mas ler é bem mais bacaninha.
Beijuuss mininu, sempre, amado

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